Moto Life Club
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Primeiras impressões: Honda CG 125 Fan
Básica mais vendida perde a cara de ‘moto de motoboy’, simples demais.
Por R$ 5.490, nova CG 125 tem painel digital sem marcador de combustível.
Rafael MiottoDo G1, em Indaiatuba (SP)
38 comentários
O modelo que tem como público-alvo pessoas que utilizam a moto como ferramenta de trabalho, como motoboys e motofretistas, deixou de ser simples demais.
Veja lista completa de preços
da CG 125 Fan:
CG 125 Fan KS: R$ 5.490
CG 125 Fan ES (partida elétrica): R$ 6.100
CG 125 Fan ESD (partida elétrica + freio a disco): R$ 6.250
O visual mais moderno aposentou de vez o farol no estilo redondo, que acompanhava a CG praticamente desde a 1ª geração, de 1976. De ponta a ponta, a CG 125 Fan tem nova “cara”, com destaque para traseira mais esportiva e carenagens envolvendo o tanque.
Toda a linha teve 90% da estrutura renovada, com a adoção de um chassi 3,8 kg mais leve. A versão top de linha, ESD, e a intermediária, ES, começam a ser vendidas em agosto e ESD conta com freio a disco na dianteira. A versão “pé de boi” KS, continua com freios a tambor e partida a pedal, e deve chegar às lojas em setembro. Outro diferencial da KS será o tanque, mais simples que o restante da linha
Apesar de tantas mudanças, a Honda optou por manter o motor de 124,7 cilindradas carburado em todas as CGs 125. Segundo a empresa, a escolha por esta configuração, enquanto a CG 150 já tem motor flex com injeção eletrônica há 4 anos, ocorreu para manter a moto mais barata, como opção de entrada.
A mesma solução é utilizada pelos concorrentes diretos da CG 125. Yamaha 125 Factor, Suzuki Yes 125 e Dafra Speed 150 estão na lista de possíveis rivais pelo preço que cobram.
Apesar de tantas mudanças, a Honda optou por manter o motor de 124,7 cilindradas carburado em todas as CGs 125. Segundo a empresa, a escolha por esta configuração, enquanto a CG 150 já tem motor flex com injeção eletrônica há 4 anos, ocorreu para manter a moto mais barata, como opção de entrada.
A mesma solução é utilizada pelos concorrentes diretos da CG 125. Yamaha 125 Factor, Suzuki Yes 125 e Dafra Speed 150 estão na lista de possíveis rivais pelo preço que cobram.

Impressões
O G1 experimentou as versões ESD e ES no Centro Educional de Trânsito Honda (CETH), em Indaiatuba (SP) – não era permitido andar com as motos na rua. A KS não estava disponível para rodar.

O motor da CG 125 gera os mesmos 11,6 cavalos da geração anterior, mas, devido à redução de peso, que varia de 4 a 5 kg, dependendo da versão, a CG 125 ganhou novo fôlego. Mesmo assim, seu funcionamento não chega a empolgar e pode ser classificado apenas como correto, já que a ideia da moto é ser uma opção econômica para rodar na cidade.
Com as alterações, o modelo tornou-se 7% mais econômico em termos de consumo de combustível, declarou a Honda. A nova geração faz média de 44 km/l, enquanto a CG antiga obtinha 41 km/l.
As mudanças foram pensadas para quem passa muitas horas em cima da moto durante o dia: o assento é de novo material, mais macio, que fez melhorar o conforto.
A maneabilidade da moto também está melhor, graças ao chassi mais leve e resistente, com aço de alta tensão. Este fator também foi ajudado por uma leve alteração na inclinação das suspensões dianteiras, agora com ângulo mais fechado.
Com as alterações, o modelo tornou-se 7% mais econômico em termos de consumo de combustível, declarou a Honda. A nova geração faz média de 44 km/l, enquanto a CG antiga obtinha 41 km/l.
As mudanças foram pensadas para quem passa muitas horas em cima da moto durante o dia: o assento é de novo material, mais macio, que fez melhorar o conforto.
A maneabilidade da moto também está melhor, graças ao chassi mais leve e resistente, com aço de alta tensão. Este fator também foi ajudado por uma leve alteração na inclinação das suspensões dianteiras, agora com ângulo mais fechado.
Os amortecedores mantiveram-se inalterados e seu desempenho fica devendo para os da 150, que estão mais altos, mas nada que comprometa o produto.
Painel é digital, mas...
Seguindo a modernização do visual, a empresa também atualizou o painel, que agora é totalmente digital de série. Isto um grande avanço para um modelo de entrada, mas o pecado está em não trazer marcador de combustível. Assim, o motociclista tem de ficar de olho no aviso da luz de reserva.
Painel é digital, mas...
Seguindo a modernização do visual, a empresa também atualizou o painel, que agora é totalmente digital de série. Isto um grande avanço para um modelo de entrada, mas o pecado está em não trazer marcador de combustível. Assim, o motociclista tem de ficar de olho no aviso da luz de reserva.

(Foto: Raul Zito/G1)
Outros detalhes que comprometem são as ausências do lampejador, que aciona momentaneamente o farol alto, e o botão “corta-corrente", utilizado para desligar a moto sem a necessidade de girar a ignição. A justificativa da marca, mais uma vez, foi a contenção de custos, além de ter obtido, através de pesquisas com o consumidor, a informação de que esses não são itens essenciais.
No entanto, para o objetivo de utilização da moto, que é de ficar muitas horas se deslocando por vias urbanas e com muitas paradas, como no caso dos motoboys, esses recursos seriam bem-vindos.
Grande avanço
Entre o mix de modelos, a versão de base KS representará o maior volume de vendas, com a missão de alcançar 30.625 unidades emplacadas até o final do ano, mesmo com sua chegada atrasada em um mês comparada às outras. Para a Fan ES, a expectativa é de emplacar 12.700 motos, ficando também atrás da ESD, da qual se espera vender 22.350 unidades.
No entanto, para o objetivo de utilização da moto, que é de ficar muitas horas se deslocando por vias urbanas e com muitas paradas, como no caso dos motoboys, esses recursos seriam bem-vindos.
Grande avanço
Entre o mix de modelos, a versão de base KS representará o maior volume de vendas, com a missão de alcançar 30.625 unidades emplacadas até o final do ano, mesmo com sua chegada atrasada em um mês comparada às outras. Para a Fan ES, a expectativa é de emplacar 12.700 motos, ficando também atrás da ESD, da qual se espera vender 22.350 unidades.

A nova geração da CG 125 Fan obteve importantes progressos, principalmente, no seu visual: perdeu de vez a cara de “moto de motoboy” que tinha. Resta saber se este público-alvo vai aceitar a nova tendência.
O novo chassi fez um conjunto que já era eficaz e robusto evoluir, mas parece que o principal foco da Honda foi dar uma nova cara para o modelo.
Muito importante foi a chegada da opção com freio a disco, que só aparece na versão top de linha da principal rival, a YBR 125. Na versão ED, a moto da Yamaha custa R$ 6.490, trazendo também rodas de liga-leve. Falta para a YBR uma opção mais intermediária, com rodas raiadas e freio a disco na dianteira, como a Fan 125 ESD
O novo chassi fez um conjunto que já era eficaz e robusto evoluir, mas parece que o principal foco da Honda foi dar uma nova cara para o modelo.
Muito importante foi a chegada da opção com freio a disco, que só aparece na versão top de linha da principal rival, a YBR 125. Na versão ED, a moto da Yamaha custa R$ 6.490, trazendo também rodas de liga-leve. Falta para a YBR uma opção mais intermediária, com rodas raiadas e freio a disco na dianteira, como a Fan 125 ESD

linha 2014 (Foto: Raul Zito/G1)
Com o avanço da nova geração, a CG 125 Fan que estava ficando para trás de suas rivais, em questão de conjunto, volta forte na briga. O objetivo é alavancar as vendas da 125, que já foi seu modelo mais vendido.
Após o início da crise do mercado de motos no Brasil, que começou no ano passado, as 150 a ultrapassaram pela dificuldade de crédito para o modelo de entrada. Como geralmente quem vai comprar uma 150 está fazendo um upgrade de moto, a venda ficou mais fácil do que a das 125 de entrada.
Compare a nova geração com a antiga:
Após o início da crise do mercado de motos no Brasil, que começou no ano passado, as 150 a ultrapassaram pela dificuldade de crédito para o modelo de entrada. Como geralmente quem vai comprar uma 150 está fazendo um upgrade de moto, a venda ficou mais fácil do que a das 125 de entrada.
Compare a nova geração com a antiga:

Quer uma moto 'basiquinha'? Veja dicas de escolha
A Honda CG, que acaba de chegar à oitava geração, é o veículo motorizado mais vendido do Brasil em todos os tempos. Lançada em 1976, atingiu recentemente a impressionante marca de 10 milhões de unidades emplacadas e, há tempos, superou o segundo colocado e campeão dos automóveis, o Volkswagen Gol (6,2 milhões).
Veja principais opções de utilitárias
| |
---|---|
![]()
Honda CG 125/150 Fan
A partir de R$ 5.490 Positivo: custo/benefício Negativo: seguro alto em certas regiões (leia avaliação) | |
![]() Honda CG 150 Titan A partir de R$ 6.750 Positivo: motor Negativo: seguro alto em certas regiões (leia avaliação) | |
![]() | |
![]()
Suzuki Yes 125
A partir de R$ 5.890 Positivo: robustez Negativo: vibrações | |
![]()
Suzuki GSR 125/150i
A partir de R$ 5.990/R$ 6.829 Positivo: equipamento Negativo: desempenho (saiba mais sobre o modelo) | |
![]()
Dafra Speed 150
A partir de R$ 4.890 Positivo: preço Negativo: design | |
![]() | |
![]()
Dafra Apache 150
A partir de R$ 6.590 Positivo: porte Negativo: vibrações | |
![]()
Kasinski Comet 150
A partir de R$ 5.390 Positivo: equipamento Negativo: vibrações | |
![]() |
Mande dúvidas sobre motos no espaço de comentários; as selecionadas serão respondidas em colunas futuras.
Quando a CG surgiu, motocicleta no Brasil era um veículo quase exótico, usado por poucos e mais voltado para o lazer do que para um uso utilitário. Porém, em pouco tempo, a versatilidade das pequenas motos foi sendo comprovada nas grandes e pequenas cidades, na roça e nas metrópoles e... deu no que deu: nossas ruas estão cada vez mais cheias delas. Tal sucesso trouxe, obviamente, um variado time de concorrentes à pioneira Honda CG (veja ao lado os principais).
Para quem serve
Todas elas, em maior ou menor grau, tentam reproduzir a fórmula da campeã de vendas, que, de janeiro até a 2ª quinzena de julho passado, respondeu, sozinha, por quase a metade dos emplacamentos de motocicletas em todo o país, e é dona de nada menos 85% de seu segmento.
Todas elas, em maior ou menor grau, tentam reproduzir a fórmula da campeã de vendas, que, de janeiro até a 2ª quinzena de julho passado, respondeu, sozinha, por quase a metade dos emplacamentos de motocicletas em todo o país, e é dona de nada menos 85% de seu segmento.
A CG e suas pares têm versões de 125 e 150 cilindradas e seguem uma mesma receita técnica, que tem no motor 4 tempos monocilindro refrigerado a ar o elo em comum.
Fascínio e glamour não são, definitivamente, palavras que podem ser associadas a este tipo de moto, mas, na realidade, isso pouco importa para a maior parte de seus clientes.
O foco de interesse são itens como robustez mecânica, mão de obra acessível, disponibilidade de peças e, claro, preço adequado. Para quem deseja se iniciar no uso de uma motocicleta de verdade e queira versatilidade, CG e seus pares são a escolha ideal.
Elas não só tiram de letra todas as necessidades da utilização urbana como são capazes, especialmente no caso das 150 cc, de realizar pequenas viagens com razoável competência, inclusive levando dois a bordo. Para o uso profissional – moto-frete ou moto-táxi – são elas as campeãs.
Mais roubadas
A escolha por uma moto desta categoria deve levar em conta algumas variantes, particularidades de cada marca ou modelo.
A primeira de todas diz respeito à própria CG. A best-seller e pioneira é, certamente, o modelo que oferece a maior assistência técnica no território nacional, com 792 concessionários espalhados Brasil afora.
Tal facilidade de acesso à mão de obra qualificada (e consequentemente peças) não evita, porém, que esta Honda seja preterida em alguns locais, especialmente nas grandes cidades do Brasil, e por um lamentável motivo: é alvo frequente da bandidagem.
Tanto a CG e sua mais forte concorrente, aYamaha Factor, são as utilitárias mais visadas do segmento, o que torna o preço do seguro nestes "pontos negros" impraticável.
Mais roubadas
A escolha por uma moto desta categoria deve levar em conta algumas variantes, particularidades de cada marca ou modelo.
A primeira de todas diz respeito à própria CG. A best-seller e pioneira é, certamente, o modelo que oferece a maior assistência técnica no território nacional, com 792 concessionários espalhados Brasil afora.
Tal facilidade de acesso à mão de obra qualificada (e consequentemente peças) não evita, porém, que esta Honda seja preterida em alguns locais, especialmente nas grandes cidades do Brasil, e por um lamentável motivo: é alvo frequente da bandidagem.
Tanto a CG e sua mais forte concorrente, aYamaha Factor, são as utilitárias mais visadas do segmento, o que torna o preço do seguro nestes "pontos negros" impraticável.
A grande maioria das motos subtraídas não é jamais localizada, pois acaba desmontada para abastecer o mercado de peças clandestinas.
E, como em muitos outros casos, a tristeza de uns vira a alegria de outros: concorrentes menos ambicionadas pela criminalidade como as Dafra Speed, Riva e Apache 150, a Kasinski Comet 150 e o lote de Suzuki, que vai da nova GS 120 à elaborada GSR 150i, entre outras, se aproveitam disso para conquistar mercado.
Com menores redes de concessionários, tais modelos, em geral, têm preços convidativos, mas nem por isso são motos ruins ou problemáticas.
Tecnologia
De fato, o que destaca a líder CG das demais de seu segmento é um degrau técnico. Ela é em sua versão com motor de 150 cc a única a oferecer a tecnologia flex, possível apenas em motores com injeção eletrônica.
A substituição do carburador pela injeção não é, contudo, mérito apenas das CG 150: a GSR 150i, da Suzuki, também está na vanguarda dos sistemas de alimentação eletrônicos, mas só "bebe" gasolina.
Todavia, para boa parte do público a modernidade pouco importa: habitando distante de grande centros, rodando frequentemente por estradas sem pavimentação, é na rusticidade, baixo preço a facilidade de intervenção que alguns clientes miram.
Quanto mais coisa para quebrar, pior, e para estes, modelos simplificados, com freios a tambor e partida a pedal, "à prova de problemas", são os preferencias.
Dos modestos R$ 3.990 pedidos pela recém-lançada Suzuki GS 120 aos R$ 7.830 sugeridos para levar para casa a novíssima Honda CG 150 Titan EX, opções no segmentos das utilitárias não faltam.
Bom negócio
De um modo geral, todas são dinheiro em caixa, com excelente liquidez na hora da venda. Com custo de exercício ínfimo, vem tirando cada vez mais gente do aperto dos ônibus, proporcionando mais liberdade, horas de sono e lazer à boa parte da população.
E, como em muitos outros casos, a tristeza de uns vira a alegria de outros: concorrentes menos ambicionadas pela criminalidade como as Dafra Speed, Riva e Apache 150, a Kasinski Comet 150 e o lote de Suzuki, que vai da nova GS 120 à elaborada GSR 150i, entre outras, se aproveitam disso para conquistar mercado.
Com menores redes de concessionários, tais modelos, em geral, têm preços convidativos, mas nem por isso são motos ruins ou problemáticas.
Tecnologia
De fato, o que destaca a líder CG das demais de seu segmento é um degrau técnico. Ela é em sua versão com motor de 150 cc a única a oferecer a tecnologia flex, possível apenas em motores com injeção eletrônica.
A substituição do carburador pela injeção não é, contudo, mérito apenas das CG 150: a GSR 150i, da Suzuki, também está na vanguarda dos sistemas de alimentação eletrônicos, mas só "bebe" gasolina.
Todavia, para boa parte do público a modernidade pouco importa: habitando distante de grande centros, rodando frequentemente por estradas sem pavimentação, é na rusticidade, baixo preço a facilidade de intervenção que alguns clientes miram.
Quanto mais coisa para quebrar, pior, e para estes, modelos simplificados, com freios a tambor e partida a pedal, "à prova de problemas", são os preferencias.
Dos modestos R$ 3.990 pedidos pela recém-lançada Suzuki GS 120 aos R$ 7.830 sugeridos para levar para casa a novíssima Honda CG 150 Titan EX, opções no segmentos das utilitárias não faltam.
Bom negócio
De um modo geral, todas são dinheiro em caixa, com excelente liquidez na hora da venda. Com custo de exercício ínfimo, vem tirando cada vez mais gente do aperto dos ônibus, proporcionando mais liberdade, horas de sono e lazer à boa parte da população.
Além disso são ferramentas de trabalho insubstituíveis em todo país, criando uma clategoria profissional que faz do guidão seu ganha-pão.
A boa escolha por um destes modelos de motocicletas depende apenas de cuidadosa reflexão sobre qual é a mais adequada à necessidades, bolso e gosto.
Assinar:
Postagens (Atom)